domingo, 21 de agosto de 2011

Se Ronaldinho Gaúcho pode, Dedé pode muito mais


Se Patrícia Amorim chorou, esperneou, amassou sua Louis Vuitton contra o corpo, suplicou de joelhos e Ricardo Teixeira aceitou, façamos o seguinte: não há mais rodada nos dias 1 e 4 de setembro. Pelo menos para o Vasco. Os jogos contra Ceará e América-MG devem ser imediatamente adiados pela CBF. Não podemos jogar, treinar, concentrar, sequer fazer uma rodinha de bobo sem a presença do maior zagueiro do Brasil. Se Ronaldinho Gaúcho, um jogador em fim de carreira e convocado por Mano Menezes por clemência ou sabe-se lá por que outros interesses, vale o habeas times do Flamengo, Dedé vale muito mais. Como diria o Barão de Itararé, ou restaura-se a moralidade ou, então, nos locupletemos todos!
O que Ronaldinho Gaúcho, o menino Gillette, e o Flamengo têm de especial? Antigamente havia uma regra tácita: clubes com três jogadores convocados para a seleção tinham direito a folga na tabela. O Santos valeu-se dessa prerrogativa informal para adiar 128 jogos no Campeonato Brasileiro. Chegará 2014 e o clube da cidade mais feia do litoral brasileiro ainda estará a disputar o torneio deste ano. Por que, então, o Flamengo, com apenas um jogador, só um, não mais do que um, teve direito a tratamento especial? Por que, senhor Ricardo Teixeira? Por que o seu Flamengo – se é que o senhor ainda tem time ou algum dia chegou a gostar mesmo de futebol – recebe uma garrafa de Bollinger 1962 no quarto, enquanto os demais times são obrigados a dividir um copo de Praianinha?
O Vasco não pode e não deve jogar sem o maior defensor que existe nestes mais de oito milhões de quilômetros quadrados. Se o Flamengo cria este barulho todo por causa de um ex-atleta, uma atração de circo, um mambembe qualquer que faz com a bola o mesmo que tantos outros na Praça da Sé ou na Central do Brasil, como deve proceder o Vasco ao se ver privado de contar por duas rodadas com este monstro batizado de Anderson Vital?
Se o Flamengo pode, o Vasco pode tanto ou muito mais. Vai ser uma vergonha – se é que o senhor Ricardo Teixeira, o Mr. Forbes do futebol brasileiro, ainda sabe o que é isso – se tivermos de entrar em campo sem o maior zagueiro do Brasil.
Ronaldinho Gaúcho já foi. Dedé é e será.

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