quarta-feira, 27 de julho de 2011

Um ou outro

Blog de Renato Meneses

Pois bem, o script da família Alencar foi devidamente cumprido. Em reunião acontecida na última segunda-feira, como aqui anunciado, o grupo se reuniu e deliberou em harmonia, depois de calcular os riscos, o afastamento imediato da base de apoio ao prefeito Humberto Coutinho.

Os Alencar se postam, até o momento, renitentes e decididos. Devem notificar o mandatário logo que o aviste. Combinaram sair à francesa, conservando o respeito. Optaram em não estrondear os canhões instalados no velho morro do Alecrim.

A nuvem cinzenta só se dissipará, segundo o vereador Ironaldo Alencar, se, e somente se, o prefeito tomar a atitude de exonerar a professora Sílvia Carvalho do cargo de secretária de Educação do município. Sílvia é a espinha de peixe encravada na garganta do vereador.

Nunca se viu nesse governo tamanha sinuca de bico. Ironaldo é um partidário leal. Sílvia é uma secretária de confiança. Humberto que trabalha com o lado prático e real da política, vive hoje o impasse do princípio da prioridade: escolher um ou outro.









domingo, 24 de julho de 2011

Os números ocultos da Data AZ

Blog Renato Meneses


De tanto perseverar, acabei por encontrar a resposta que explica a impublicável pesquisa Data AZ, realizada esta semana em Caxias. A pesquisa fora contratada por um punhado de vereadores que desconfiavam profundamente do resultado da pesquisa Escutec, aquela recém produzida pelo promoter Fernando Júnior e propalada em números positivos aos quatro ventos.

Entre uma pesquisa e outra os números não convergem. Aliás, divergem desbragadamente. Daí que fora engendrado um acordo entre as partes interessadas, vereadores contratantes e prefeito, em guardar sigilosamente o resultado da pesquisa Data AZ a sete chaves.

Porém, pelo tirocínio posso chutar o seguinte: Há um empate técnico entre Paulo Marinho Júnior e Leo Coutinho, logo atrás, bem próximo deles, vem o vereador Helton Mesquita acompanhado, para surpresa de muita gente, do vereador Fábio Gentil. A coisa está tão e igual embaraçada que nem cu de boi. Por fim, o garoto Ney Jefferson que se posiciona lá na rabada.

Mais: no quesito rejeição Paulo Marinho Júnior é imbatível, periga da zona relativa para um campo de rejeição absoluta. Talvez pelo sobrenome carregado. Mas, o pai entende de forma diferente dos pesquisados, ele crê que o filho tem todas as virtudes dele e nenhum dos seus defeitos. Deixa pra lá, narcisismo frustrado é mesmo um troço complicado.

Os números ocultos da Data AZ me levam a esse exercício de adivinhação.

Caxias em Off

Jotônio Vianna

                                       Comer criancinha

Com raiva, nego pode comer criancinha dentro do PCdoB por causa da informação publicada aqui, na coluna de quarta-feira 20, sobre a possibilidade de o pré-candidato a prefeito Leonardo Coutinho vestir a camisa comunista para disputar a eleição de 2012.
Quer dizer, pode comer não, a panela já está com água fervendo em algumas facções da sigla local. Já tem gente correndo a Brasília, indo a São Luís, mexendo os pauzinhos, rezando um terço ou batendo tambor para conseguir um mastro seguro noutro ninho partidário no qual possa amarrar a burra... A debandada pode ocorrer principalmente entre os últimos signatários da agremiação e até em meio à turma mais antiga, os quais miram conquistar uma cadeira na Câmara Municipal de Caxias no próximo embate eleitoral proporcional. Negócio é o seguinte: o pessoal raciocina que junto a Leonardo Coutinho irá ao PCdoB uma enxurrada de governistas que hoje se abrigam à sombra do PDT, partido que agora é puxado no laço curto e no ‘enforca-nenen’ pelo vereador Helton Mesquita (PDT). A suposição de que haja enchente na trincheira da foice e do martelo local causou um rebuliço dos diabos em meio aos neocomunistas. E não é para menos. Com a quantidade de pesos-pesados ancorados no PDT, todos levados pelo prefeito Humberto Coutinho, é de se imaginar mesmo que a tropa debande e siga incontinenti em fila indiana os passos do infante palaciano.
A procissão de palacianos que invadiria o PCdoB, raciocinam os neocomunistas, ameaçaria a já miguada chance dos candidatos a vereador do grupo de chegar à Casa do Povo em 2012. No caso, tanto faria se permanecer o instituto da coligação proporcional ou não na reforma política em andamento no Congresso... A questão, por assim dizer, analisam, seria de vida ou morte política no futuro.

Obstáculos
A cata a outras siglas para concorrer a vereador, porém, deve esbarrar em vários obstáculos. Basta citar o próprio exemplo de Leonardo Coutinho, o qual embicaria na eventual escolha pelo PCdoB pelo fato de o grupo Coutinho não confiar mais nas demais siglas locais...

Instabilidade
...Pois, como já analisei na quarta-feira 20, a escolha pela sigla comunista se daria em função da instabilidade no comando porque passam as demais siglas governistas em Caxias...

Passíveis
...O risco de que as agremiações sejam passíveis de manipulação pelo grupo Sarney tanto poderia prejudicar o moço como qualquer outro situacionista local.

‘Cumpanheiro’
Olha só o que publicou o blog do César Bello: “(...) Não é que o vice-governador Washigton Luís emplacou ‘Mundico Teixeira’ na Delegacia Regional da Agricultura. Trata-se de um dos cargos federais mais cobiçados pelo volume de recursos em projetos no Maranhão. Mundico Teixeira vai se alojar sabe aonde? Na sede do Incra. O ‘cumpanheiro’ Munteiro diz que só vai tratar com o novo delegado da Agricultura no Maranhão na sede do PT e em sala sujeita a ‘varreduras’”...

Besta
...Tá danado esse caxiense Mundico... Hoje, ele, filho e filha estão bem engrenados nas máquinas da ‘Viúva’ estadual e federal... De besta? Só parece, mas não tem nada disso, não!

Candidato
...A propósito, Mundico tem dito nos bastidores que o filho Ney Jefferson não será nada de candidato a vice-prefeito, mas sim a prefeito em 2012...

Cabeça
...Dessa maneira, as eventuais conversas de Mundico e Ney Jefferson com Helton Mesquita, Paulo Marinho e Paulo Marinho Júnior só se dariam na condição acima. Ambos aceitando e dizendo sim que o cabeça de chapa seja o presidente do PT tupiniquim: Ney Jefferson.

Nem te ligo
Fonte do baixo clero diz à coluna que Humberto Coutinho nem ‘tchum’ para os Alencar... Que HC viajou à Bahia e nem um alô para o grupo dizendo sequer para o mesmo esperar seu retorno à Princesa do Sertão, quando então confabulariam...

Roça
...Diferente de agora, reforça o irônico baixo clero que fosse em outros tempos HC apressaria o jato de água para apagar o fogo na roça aliada alencarina... Olha que a rapaziada está moída de morrinha, gente boa!

GONZO
De galo - Atente-se para o fato de que na Câmara de São Luís, em até 60 dias, a vereança vai decidir se altera ou não o número de vagas no Parlamento local... De maneira semelhante, o alto clero na Casa do Povo caxiense pretende reduzir das esperadas 19 cadeiras para a quantidade de apenas 15 ou 16... O problema é que como agora o baixo clero é que anda cantando de galo naquele terreiro não é difícil o alto clero sofrer nova derrota no confronto dos dois grupos de governistas!!!

Casal uno - Fonte da coluna diz que AX e A de X pegaram o rebento palaciano debaixo do braço e já levaram o ‘garoto’ a vários grotões dos distritos caxienses, forrando-o inclusive com alguns gordos capões caipiras!!!... Como sinaliza um confrade do primeiro na Casa do Povo, “de uma hora para outra, o casal virou unha e carne do infante depois que AX passou ao lado da turma do baixo clero”!!!

Vidigal também deixa o PSDBe prega unidade das oposições

               Ex-presidente do STJ confirma que está saindo do ninho tucano para se filiar ao PDT

POR MANOEL SANTOS NETO

O que circulava sob a licença da dúvida se oxigenando, no máximo, com a força de um talvez, agora é certeza das mais certas. Edson Vidigal está indo mesmo para o PDT, o Partido Democrático Trabalhista fundado no exílio por Brizola e Neiva Moreira, entre outros perseguidos pela ditadura militar.

Naquele Congresso em Portugal, quando os exilados, comprometendo-se com a construção de um Estado de Direito democrático no Brasil, lançaram a Carta de Lisboa, contendo os princípios programáticos do futuro partido, estava Jackson Lago.

Na reformulação partidária surgida com o fim do bipartidarismo, quando o regime militar só permitia dois partidos, a Arena e o MDB, os trabalhistas históricos, não concordando que o Partido Trabalhista Brasileiro, o PTB velho de guerra, fosse linha auxiliar do Governo, o que acabou acontecendo, seguiram caminho próprio e fundaram o PDT.

Desde então, o partido, liderado nacionalmente por Leonel Brizola e Neiva Moreira, e no Maranhão por Jackson Lago, tem construído sua história de resistências e avanços.

Com a morte de Jackson Lago, a principal liderança no estado, o PDT vem se refazendo em suas bases, ampliando sua presença por meio de Comissões Provisórias e futuros Diretórios na Capital e no Interior com vistas às eleições municipais no próximo ano.

Nesse cenário é que se tem como certa a filiação de Edson Vidigal ao PDT nos próximos dias.

 Eis abaixo a entrevista concedida por ele ao Jornal Pequeno:

Jornal Pequeno – Ministro, o senhor sai do PSDB e entra no PDT. Qual o motivo da troca?
Edson Vidigal – A causa da libertação do Maranhão está acima dos partidos. A luta contra o atraso político e a pobreza social no estado é incessante. Requer mobilidade. De repente, alguém que está numa trincheira precisa, por razões estratégicas, ser deslocado para outra. As ações não podem ser individuais, tem que ser concatenadas.
A morte do Jackson criou um vazio enorme, causando nas hostes oposicionistas alguma desarrumação. Agora são feitos esses ajustes nas trincheiras. Meu deslocamento para o PDT é parte disso.

JP – Mas são duas defecções simultâneas no PSDB, que fica sem os seus dois maiores puxadores de votos na última eleição, no caso o senhor e o ex-deputado Roberto Rocha, que juntos somaram mais de 1 milhão de votos para o Senado. O que efetivamente está acontecendo com o PSDB no Maranhão?
Vidigal – Nada. O PSDB é uma trincheira importante da luta e que vai continuar com valorosos quadros. Todos são conscientes da sua responsabilidade histórica no processo de unificação das forças oposicionistas para vencermos o atraso.

JP – Como se resolveu essa sua ida para o PDT? Foi decorrência desse vazio surgido com a morte do ex-governador Jackson Lago? Como foram as tratativas?
Vidigal – Na última campanha estadual, estive, como todos sabem, muito próximo do Jackson, solidário com ele na defesa da causa. Aconteceu um clima de muita empatia entre mim e as militâncias do PDT por onde andei com o Jackson. Isso agregou mais forças para eu seguir cumprindo os compromissos do nosso ideário.
À parte isso, eu comecei foi nas Oposições Coligadas com Neiva Moreira, La Rocque, Alexandre e Milet. Fui vereador aos 18 anos. Aos 19, fui cassado e preso. A minha intransigência quanto a princípios morais e valores éticos vem daqueles tempos. Enfim, tenho uma história de vida vivida. Não foi inventada.
Hoje as pessoas decentes se sentem até um tanto constrangidas quando falam nessas coisas de ética, de moralidade, de honestidade, de vergonha, tamanha é a perda das referências positivas nestes tempos.
Muitos, na maturidade, verão o quanto foram inúteis gastando energias nessa saga obcecada de quererem levar vantagem em tudo, desde anteontem para agora, imediatamente. Muitos de ontem se perderam na ambição pessoal e nem tiveram tempo para a maturidade indo diretos à velhice, sendo rejeitados pelas melhores páginas da história.
O PDT no Maranhão, talvez pela intransigência com princípios daquela luta antiga, trazidos pelo Neiva, ainda reflete pela ação das suas militâncias a coerência nos compromissos com as causas populares, com os movimentos sociais, com a coesão comunitária, com a convivência sadia entre as forças do capital e do trabalho.
Na Convenção Nacional do PDT, em Brasília, onde fui a convite de importantes lideranças do Maranhão, o ministro Lupi não só me convidou como ainda me propôs a filiação ali mesmo, naquela hora, perante o Diretório Nacional. O Jackson ainda estava internado em São Paulo e eu tinha esperanças de que ele se recuperasse. Falei ‘vamos esperar pelo Jackson porque isso tem que ser conversado com ele’. Não deu tempo...

JP – O senhor pretende disputar as eleições municipais de 2012?
Vidigal – Quem decide candidatura é a convenção do partido. Quanto a mim, seguirei o que for decidido pela convenção do partido. Ainda temos mais de um ano para as eleições. Muita coisa ainda poderá acontecer. A ilha de São Luís tem tantos desafios administrativos pontuais quanto o estado do Maranhão. É preciso não temê-los. É preciso entendê-los e vencê-los. Nada disso se faz sozinho.
Há que se conjugar forças das comunidades com desprendimento pessoal. Força de vontade com experiência administrativa. Espírito público com honestidade política. Com selos de qualidade e de eficiência. As pessoas com prazos de validade. Sem modelos anacrônicos. Nenhum projeto pessoal de candidatura levará ao que a cidade necessita e ao que a população espera.
Os sociólogos definem o homem e a mulher como animais políticos por natureza. O problema é que esses animais no Maranhão padecem de falta de credibilidade. Precisamos pensar diferente. Restaurar a seriedade, resgatar a credibilidade da palavra e das promessas. Candidatura nenhuma passa agora pela minha ideia.

JP – Que avaliação o senhor faz das gestões tucanas no estado, especialmente em São Luís (João Castelo) e Imperatriz (Sebastião Madeira)?
Vidigal – PSDB é um partido com um bom quadro de gestores. Faltou incluir o Idelmar Gonçalves, o prefeito de Açailândia.

JP – Que rumos o senhor vislumbra para as oposições no estado, a partir de agora, depois da perda do ex-governador Jackson Lago?
Vidigal – Ou nos unimos em torno de um projeto de estado, que defina à luz das nossas potencialidades os objetivos permanentes do Maranhão na economia e no social, e então saímos todos juntos ao encontro da população ouvindo, agregando sugestões e pedindo apoio para a viabilização desse projeto ou iremos, mais uma vez, perder tempo, decepcionar a população, queimando, novamente, o que ainda lhe resta de esperanças. Chega de decepções!
Na luta contra o atraso que aperreia a vida da maioria dos maranhenses não pode haver espaço para projetos políticos de ambição pessoal. O tempo que resta pela frente será longo, haverá lugar para todos darem a contribuição da sua experiência e talento. Cada um na sua vez.