Taxas de empréstimo pessoal também sobem e chegam a 5,60%
CHEQUE ESPECIAL
Pense bem antes de pegar empréstimo
Em tempos de juros altos, o Procon-SP orienta aos consumidores analisarem bem se precisam pegar empréstimo ou entrar no cheque especial. Para os técnicos da fundação, o cliente bancário deve fazer a si mesmo, pelo menos, três perguntas antes de pedir para o gerente da agência liberar o crédito: “Preciso realmente do empréstimo agora?”; “Escolhi a modalidade com as melhores condições (taxa de juros, prazo, despesas de contratação)?”; e “Tenho condições de honrar os pagamentos até o fim?”.
Os especialistas afirmam que para responder a essas questões, é necessário que o consumidor analise a real necessidade de pegar um empréstimo para pagar juros, estabeleça prioridades, planeje cuidadosamente o orçamento e procure pesquisar e comparar as linhas de crédito oferecidas no mercado financeiro.
O momento não é oportuno para realizar financiamentos ou solicitar empréstimos pessoais, defende o Procon-SP em nota.
INADIMPLÊNCIA DEVE CRESCER
O atraso de pagamento de dívidas deverá se manter em patamares altos no segundo semestre deste ano. A avaliação é de pesquisa da Serasa divulgada ontem. Segundo o levantamento, o indicador cresceu 1,4% em março de 2011, pela oitava vez mensal consecutiva, marcando o índice de 99,3.
“O maior grau de endividamento dos consumidores, a elevação da inflação, o encarecimento do crédito e as perspectivas de um crescimento mais brando da economia e do mercado de trabalho neste ano de 2011 estão gerando maiores dificuldades para as pessoas honrarem seus compromissos financeiros”, avaliou a Serasa em nota ao mercado.
Além das pessoas físicas, as empresas brasileiras também terão dificuldades de honrar seus compromissos. Neste campo, o indicador de inadimplência subiu 1,7% em março, atingindo o patamar de 91,9, o quarto avanço mensal consecutivo.
Para a Serasa, esse movimento é um sinal de que a inadimplência empresarial deverá sofrer leves altas devido ao baixo ritmo de crescimento da economia e provocadas pelas condições de crédito menos favoráveis em 2011.
“Os juros mais elevados e os prazos menos elásticos continuarão exercendo pressões sobre o custo financeiro das empresas”, observam os economistas da Serasa, em nota.
No mês de abril, houve um acréscimo de 17,3% no nível de inadimplência em comparação com o mesmo mês no ano passado, segundo a Serasa.
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