sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Jamil não vai à reunião e Sindjus mantém greve

O Sindjus (Sindicato dos Servidores da Justiça) divulgou nesta quinta-feira notícia em seu site  acusando o presidente do Tribunal de Justiça, Jamil Gedeon, de ter radicalizado no sentido de não sentar com a categoria na busca de um entendimento para o fim da greve que já dura dez dias
Mesmo com intermediação de bispos, Jamil não atendeu sindicato
Segundo o sindicato, o presidente não compareceu a uma reunião marcada por ele mesmo para tentar um acordo. O encontro foi mediado pelo bispo emérito de Viana, dom Xavier Gilles, e do arcebispo metropolitano de São Luís, dom José Belisário da Silva.
Os dois líderes religiosos, a pedido do Sindjus e do comando de greve, intercederam junto à direção do Tribunal de Justiça, em busca de canais de diálogo para encontrar uma solução para o movimento paredista.

Jamil Gedeon recebeu os dois bispos na última terça feira (16) e disse a eles que, somente com o fim da greve, aceitaria negociar a pauta de reivindicações. Em nova conversa com os bispos, o sindicato afirmou que aceitava convocar uma assembleia-geral para discutir uma suspensão da greve.
No entanto, informou que enviaria ofício ao presidente do TJMA colocando que o dialogo deveria ser iniciado sem qualquer retaliação aos servidores, com a garantia do abono das faltas dos grevistas e formalização da desistência da ação da ilegalidade da greve antes da realização da assembleia-geral.

Além dos representantes dos servidores, o ofício foi assinado também pelo bipo emérito de Viana, dom Xavier Gilles (como testemunha). Este documento foi entregue ontem, quarta-feira, nas mãos de Jamil Gedeon (veja aqui).
A partir daí ele mesmo marcou uma conversa para hoje, às 11h, no sentido de receber dois representantes do sindicato: o advogado Pedro Duailibe e o diretor Marcio Sousa. Os dois chegaram na hora marcada. Porém, uma hora depois de espera, o presidente não havia chegado e eles não receberam nenhuma justificativa pela ausência.

Segundo Anibal Lins, presidente do Sindjus, “esta greve foi iniciada, exatamente, por conta desse total desrespeito e autoritarismo do desembargador Jamil Gedeon, diante das legítimas reivindicações dos servidores. Com isso, a paralisação foi a única alternativa que restou aos trabalhadores. Por isso ela vai seguir”, declarou.

Para esta sexta feira (19) já estão programados arrastões em todas unidades judiciárias de São Luis e retomada das caravanas às comarcas do interior do Estado. Na capital maranhense, o ponto de encontro será novamente no Fórum do Calhau, a partir das 8h.

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